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Comecei este livro a pensar: “Este Edgar é um banana e estou-me a lixar para a crise existencial dele.” Estava a ver a minha paciência a esgotar-se. Mas, como boa devota do King (sim, ele é o meu autor favorito e tenho orgulho nisso), continuei.
E depois... ele vai para a ilha.
E a coisa muda. Muito.

🏝️ A premissa:

Edgar Freemantle, sofre um acidente grave que o deixa sem um braço, com lesões cerebrais e um casamento arruinado. Após uma série de surtos (com alguma razão, diga-se), o médico dele sugere que vá para um sítio calmo, pinte uns quadros e tente não bater em mais ninguém. Resultado: muda-se para Duma Key, uma ilha na Florida com um ar muito zen... à primeira vista.

Spoiler: a ilha não é nada zen.

🎨 As personagens:

Edgar Freemantle

O nosso protagonista. Ao início, achei-o difícil de engolir. Mas com o tempo, e com os quadros a ganharem vida (literalmente), comecei a gostar dele. A transformação dele ao longo do livro é uma viagem: de homem destruído para… pintor amaldiçoado com ligações psíquicas e um talento que devia vir com instruções de segurança.

Wireman

Ahhh, o Wireman. Que personagem maravilhosa. Sarcástico, culto, com aquele humor meio seco que me conquistou de imediato. Tem um passado misterioso, vive na ilha para cuidar de uma senhora idosa (já lá vamos) e tem toda uma vibe de “eu sei mais do que estou a contar”. Claramente está ali para equilibrar o Edgar e sim, é um dos melhores “sidekicks” que o King já criou. Quero um spin-off só com ele.

Elizabeth Eastlake

A senhora rica, idosa e com um passado trágico ligado à ilha e à arte. Tem momentos de lucidez intercalados com frases assustadoras. É como aquela avó que diz coisas perturbadoras mas tu deixas passar porque ela também faz bolos. Foi através dela que comecei a perceber que Duma Key é mais do que uma ilha bonitinha. É um lugar com segredos muito mal resolvidos.

Perse

Sim, temos uma entidade misteriosa chamada Perse. Não vou estragar nada, mas posso dizer que se há coisa que o King sabe fazer bem, é dar-nos vilões que não aparecem muito... mas quando aparecem, deixam-nos desconfortáveis durante semanas.

👻 O ambiente:

Duma Key é uma personagem por si só. A ilha tem aquele ar paradisíaco, mas está sempre envolta numa névoa de “há aqui qualquer coisa que não bate certo”. A arte e o sobrenatural misturam-se de forma tão subtil no início que nem dás por isso… até começares a perceber que os quadros não são só quadros.

E há um NAVIO. Um navio fantasma. Que aparece. No mar. A fazer o que navios fantasmas fazem: meter medo. Adorei. Amei. Quero um poster.

✍️ A escrita:

Stephen King a ser… Stephen King. A escrita está no ponto: detalhada, lenta quando tem de ser, envolvente, estranha. Não é um livro cheio de ação, mas há uma tensão constante, como se algo estivesse a espreitar por trás da cortina. O sobrenatural vai-se entranhando devagarinho e quando dás por ti, já estás a pensar se devias mesmo pendurar aquela paisagem pintada na sala.

💭O Veredito:

Não foi amor à primeira página. Mas quando me apaixonei por Duma Key, foi daquelas paixões estranhas e intensas, tipo “sei que isto é um problema, mas não consigo parar”.

É um livro sobre trauma, arte, perda e, claro o poder do mal que se infiltra onde menos se espera. Não é o terror clássico cheio de sangue e sustos, mas sim um desconforto subtil, que se vai agarrando à pele.

Se gostas de King sobrenatural com substância emocional, este é obrigatório.

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A Maldição, Stephen King
10/10 ▪︎ 452 Páginas ▪︎ Horror

Opinião: A Maldição, Stephen King

quarta-feira, 30 de abril de 2025


 Caos, sangue e humor negro servido em formato mini (mas impactante).

Se estão à procura de um livro fofo, doce ou com lições de vida inspiradoras… bem, talvez seja a melhor opção. Agora, se gostam de personagens instáveis, caos organizado e reações tipo “o que raio estou a ler mas não consigo parar”, então “O Jogo de Satanás” (ou Satans Affair) da H. D. Carlton vai fazer as vossas delícias mais sombrias.

Este livro é um prequel da duologia Haunting Adeline, mas podem perfeitamente lê-lo em separado, embora se forem fãs da Zade, vão gostar de ver como algumas personagens cruzam caminhos aqui. Sim, Zade aparece. E o modo como ele e Sibby se conhecem é... digamos... perfeitamente demente. Mas já lá vamos.

👑 Sibby, a estrela da desgraça (e do palco)

Sibby é a protagonista mais tresloucada que já conheci. A mulher anda por feiras temáticas a colecionar almas com a sua adaga favorita. Ela decidiu transformar a Feira de Satanás numa espécie de festa privada de vingança sangrenta. E sabem que mais? Ninguém lhe tira a razão. Quem lê, percebe.

É difícil explicar o magnetismo da Sibby. Ela tem uma lógica própria, uma moral distorcida e um talento especial para nos fazer rir nos momentos em que, tecnicamente, devíamos estar horrorizados. É o tipo de personagem que diz barbaridades com tanto charme que nem conseguimos ficar chocados.

💀 Os "capangas", o verdadeiro circo de horrores

O elenco secundário é quase tão fascinante quanto Sibby. O que não é dizer pouco. Os seus ajudantes são todos uma peça que não encaixa em lado nenhum... e é por isso mesmo que funcionam juntos.

🩸 Mortis: Cara sempre pintada de vermelho, unhas afiadas, ar sinistro. É o braço direito dela… ou talvez a consciência? Quem sabe. 

🦈 Jackal: Um tipo meio tubarão, meio segurança particular. Se olhar para ti, é melhor não manter contacto visual.

💪 Cronus: Um armário de dois metros que não fala muito, mas quando age... bem, coisas partem.

💀 Baine: Parece inofensivo. Spoiler: não é.

🤡 Timothy: Um palhaço. Não do tipo “ai que engraçado”, mas do tipo “vou aparecer debaixo da tua cama às três da manhã”.

O grupo é tão disfuncional que se torna perfeito. Cada um tem um papel específico, seja para matar, distrair ou simplesmente aumentar o nível de loucura geral.

🔥 E sim o Zade aparece.

Os fãs da duologia Haunting Adeline vão reconhecer uma certa sombra musculada e obcecada: Zade Meadows. A forma como ele entra nesta história é curta, mas memorável (e absolutamente fiel ao caos que o rodeia). 

⏱️ Pequeno, mas explosivo

Este livro é curtinho. Mesmo. Dá para ler numa tarde. Mas apesar disso, consegue ser completo, intenso e tão marcante quanto muito livro de 400 páginas. 

A escrita da H. D. Carlton mantém-se afiada, provocadora e, neste caso, com ainda mais sarcasmo e energia bruta. Parece que ela se divertiu horrores a escrever este livro, e isso nota-se em cada linha.

🤯 O final?

MINHA NOSSA.
Apanhou-me completamente desprevenida. Dei por mim a voltar atrás umas páginas, feita parva, a pensar: “YAY, estava lá o tempo todo e eu nem vi!”

É daqueles finais que nos faz sentir ligeiramente enganados. Carlton joga com a atenção do leitor como quem brinca com facas: com estilo, risco e precisão.

🎡 Veredicto final

O Jogo de Satanás é um cocktail explosivo de sangue, humor negro, personagens fora da caixa e momentos absolutamente insanos. Não é para todos os leitores. Para quem gosta de explorar o lado mais distorcido da ficção e simpatiza com personagens com tendências homicidas (mas estilo impecável), este livro vai ser um favorito imediato.

Recomendo vivamente para quem:

  • Gosta de anti-heroínas completamente piradas.

  • Não se assusta com descrições violentas (e até as aprecia um bocadinho).

  • Quer uma leitura rápida, mas memorável.

  • Já leu Haunting Adeline e quer mais loucura no mesmo universo.

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O Jogo de Satanás, H. D. Carlton
07/10 ▪︎ 160 Páginas ▪︎ Horror

Opinião: O Jogo de Satanás, H. D. Carlton

terça-feira, 29 de abril de 2025

 

Superou todas as minhas expectativas. Se o primeiro livro abriu as portas para um mundo de intrigas e magia, este atravessa essas portas a arder. 

💫 𝗔 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗮? 𝗜𝗺𝗽𝗲𝗰á𝘃𝗲𝗹.
Nada a apontar. Poética, envolvente e com aquele ritmo perfeito que me fez devorar cada página. Mafi tem um talento absurdo para transformar palavras em algo quase mágico.

🔥 𝗔𝘀 𝗽𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀? 𝗨𝗺 𝗲𝘀𝗽𝗲𝘁á𝗰𝘂𝗹𝗼.
▪︎ 𝗔𝗹𝗶𝘇𝗲𝗵 continua uma rainha, com a força e a inteligência que fazem dela uma protagonista memorável. Se acham que já tinham visto tudo dela no primeiro livro, pensem outra vez.
▪︎ 𝗞𝗮𝗺𝗿𝗮𝗻... Ai, Kamran. Sempre a andar na corda bamba entre o dever e os sentimentos, mas a verdade é que neste livro ele brilha de uma forma diferente. Se antes eu queria dar-lhe um abanão, agora só quero que ele se safe no meio do caos.
▪︎ 𝗖𝘆𝗿𝘂𝘀? Meu. Deus. Este homem tem o meu coração nas mãos, e o pior é que ele sabe disso. Arrogante, carismático e cheio de camadas, é impossível não ficar obcecada com ele. Cada cena em que ele aparece tem aquele peso dramático que deixa o ar mais denso. E sim, estou oficialmente rendida.

💀 𝗔 𝘁𝗿𝗮𝗺𝗮? 𝗨𝗺𝗮 𝗯𝗼𝗺𝗯𝗮.
O ritmo é mais intenso, a tensão está sempre presente, e quando achamos que temos um momento para respirar, vem um novo plot twist que nos deixa KO. E aquele final? Cruel. É só isso que tenho a dizer.

✨ 𝗖𝗼𝗻𝗰𝗹𝘂𝘀ã𝗼:
Estou a adorar esta trilogia e recomendo a toda a gente que gosta de fantasia com romance, intriga e personagens que nos deixam emocionalmente instáveis.

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Um Reino de Traições, Tahereh Mafi 
Livro 2 
10/10 ▪︎ 352 Páginas ▪︎ Fantasia

Opinião: Um Reino de Traições, Tahereh Mafi

segunda-feira, 14 de abril de 2025

 

Demorei ANOS para ler este livro porque estava à espera que fosse publicado em Portugal... o que nunca aconteceu. 😭 Então pronto, decidi não esperar mais e li em inglês.

O terror aqui é psicológico, sufocante e desesperante. Aquele tipo de história que começa de forma inocente, mas de repente percebes que já era, estás preso, não há como parar de ler.

Já sabia demasiado sobre esta história porque apanhei um BIG spoiler quando li o livro 𝘔𝘢𝘪𝘴 𝘚𝘰𝘮𝘣𝘳𝘪𝘰. Mas nem isso me preparou para o impacto desta leitura. A história não é só sobre um cão fora de controlo, é sobre impotência, sobre estar preso num pesadelo sem saída.

O que mais me impressionou? A forma como King escreve a perspetiva do próprio Cujo! Sim, temos capítulos onde estamos dentro da cabeça do cão, e isso é brilhante e devastador ao mesmo tempo. 🥺

A escrita? Como sempre, faz-nos sentir tudo na pele. O calor sufocante, o medo a crescer, a esperança a diminuir. Ele sabe torturar um leitor.

Tenho muita pena que os livros do King em Portugal sejam… como dizer isto de forma simpática? Escassos. 😅 O homem tem um UNIVERSO INTEIRO interligado e nós aqui a apanhar spoilers porque os livros não são publicados em ordem ou simplesmente não existem cá.

Gostava que a editora, sei lá, fizesse um feitiço, um pacto com um ser cósmico ou simplesmente PUBLICASSE MAIS LIVROS DELE! Ou pelo menos mais cópias dos que já saíram, porque encontrar certos títulos é mais difícil do que escapar de Castle Rock. Quero começar 𝘈 𝘛𝘰𝘳𝘳𝘦 𝘕𝘦𝘨𝘳𝘢 e… adivinhem? 🫠

Agora, como a Netflix anda a falar num remake de Cujo, pode ser que, EVENTUALMENTE, alguém se lembre de publicar isto cá. 🤡

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Cujo, Stephen King
10/10 ▪︎ 432 Páginas ▪︎ Horror

Opinião: Cujo, Stephen King

 

Não sou grande leitora de policiais, mas os suecos sempre chamam a atenção, há qualquer coisa na vibe nórdica que me prende.

A história segue Bianca, uma atriz que começa a ser perseguida… pelo ex-noivo. O problema? Ele está morto há três anos. 😵‍💫 Para resolver o caso, ela contrata a detetive privada Julia Stark, que decide investigar os bastidores do Teatro Nacional de Estocolmo, onde o drama não está só no palco. 👀

Agora… vamos falar do elefante na sala. Ou melhor, do fantasma no camarim. A verdade é que, lá para os 60%, comecei a desconfiar de uma certa pessoa e, surpresa das surpresas, acertei. 🕵️‍♀️ Não houve aquele 𝘱𝘭𝘰𝘵 𝘵𝘸𝘪𝘴𝘵 de me deixar de boca aberta, mas isso não estragou a leitura, só fez com que me sentisse ligeiramente Sherlock Holmes (com menos cachecol e mais pijama).

Veredito final? 🔎 6/10 – Não me fez roer as unhas, mas foi um bom snack literário. Se gostam de mistérios leves, teatro e um toque de será sobrenatural ou não?, pode ser uma boa aposta! 🎭

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Fecho os Olhos e Rezo, Alex Ahndoril
06/10 ▪︎ 228 Páginas ▪︎ Policial

Malta, temos um PROBLEMA. E o problema é que eu terminei este livro e agora não sei o que fazer da minha vida. Reler tudo? Entrar num retiro espiritual para processar isto?

Peguem nas mochilas, tragam água, porque esta viagem é das grandes!

Eu não vou dar spoilers porque sou uma pessoa decente (𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘳𝘴𝘰𝘯𝘢𝘨𝘦𝘯𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰 𝘯ã𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘳 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰, 𝘊𝘖𝘍𝘊𝘖𝘍), mas só vou deixar isto aqui:

Temos um enredo que tem tudo: Caos, magia, faes, segredos, criaturas assustadoras e um romance daqueles que começam com "não te suporto" e acabam em... 👀😏❤️‍🔥

Depois temos o 𝗞𝗶𝗻𝗴𝗳𝗶𝘀𝗵𝗲𝗿. Fae, 90% ameaçador, 10% "talvez eu te proteja se te portares bem" e 100% o motivo pelo qual este livro é absolutamente viciante. Ele exala perigo, mistério e um charme que demora a aparecer, mas quando aparece… segurem-se. 

Sem esquecer da nossa protagonista, a 𝗦𝗮𝗲𝗿𝗶𝘀. Especialidade? Sobreviver. E por sobreviver, entendam: meter-se onde não deve, ser apanhada e, no meio disso tudo, REABRIR um portal. Sim, uma terça-feira normal na vida dela.

ADORO TUDO. As personagens? Icónicas. A escrita? Viciante. O mundo? Intenso e envolvente. 

Se gostam de enemies to lovers, mundos mágicos e personagens que tomam decisões questionáveis mas que mesmo assim não conseguimos deixar de apoiar… este livro é para vocês.

💭 Já leram? Se não, quando vão começar? (Porque sim, precisam de começar.) 
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Quicksilver, Callie Hart
Livro 1
10/10 ▪︎ 632 Páginas ▪︎ Fantasia
 

Opinião: Quicksilver, Callie Hart

💚 Se a Bruxa Má do Oeste tivesse uma versão adulta, mafiosa e extremamente perigosa… seria Evelina Westerly. E se o Espantalho tivesse uma ligeira falta de instinto de sobrevivência? Bem, seria o Nicholas. 

Aqui, a bruxa má não só usa saltos altos como também gere negócios de família bem duvidosos. E adivinhem? Eu adorei.

𝗩𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝗽𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀:

👠 𝗘𝘃𝗲𝗹𝗶𝗻𝗮 – Inteligente, letal, com uma vibe de vilã que na verdade só quer sobreviver no meio de tubarões. 

🕵️ 𝗡𝗶𝗰𝗵𝗼𝗹𝗮𝘀 – Bonito, misterioso, e o tipo de homem que entra num jogo perigoso com muita confiança… e talvez sem ler todas as regras. Mas vá, ele esforça-se.

💀 𝗔 𝗾𝘂í𝗺𝗶𝗰𝗮 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗲𝗹𝗲𝘀? Um bocadinho de 𝘦𝘯𝘦𝘮𝘪𝘦𝘴 𝘵𝘰 𝘭𝘰𝘷𝘦𝘳𝘴, um toque de 𝘧𝘰𝘳𝘣𝘪𝘥𝘥𝘦𝘯 𝘳𝘰𝘮𝘢𝘯𝘤𝘦 e um plot que me fez virar páginas como se a minha vida dependesse disso.

📖 O ritmo da história é viciante, com tensão no ponto certo. MAS… dos três livros da série que já li, o meu favorito continua a ser o segundo (𝙎𝙘𝙖𝙧𝙧𝙚𝙙 𝘰𝘸𝘯𝘴 𝘮𝘺 𝘴𝘰𝘶𝘭*). Ainda assim, Wretched foi uma viagem caótica e deliciosa.

Se gostam de 𝘳𝘰𝘮𝘢𝘯𝘤𝘦 𝘥𝘢𝘳𝘬, 𝘧𝘰𝘳𝘣𝘪𝘥𝘥𝘦𝘯 𝘭𝘰𝘷𝘦 e personagens com moralidade duvidosa, este livro é para vocês. Se não gostam… bem, a Evelina pode querer ter uma palavrinha convosco.
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Wretched, Emily McIntire
Série Never After - Livro III
07/10 ▪︎ 336 Páginas ▪︎ Romance
 

Opinião: Wretched, Emily McIntire

 

🎬 E se as comédias românticas nos tivessem enganado este tempo todo? Liz sempre acreditou no amor perfeito – até que Wes, o Wes 𝘱𝘦𝘳𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰, o Wes amor da sua vida, terminou tudo antes da faculdade. 𝘖𝘶𝘤𝘩. Agora, anos depois, ele está de volta, armado em herói de rom-com, pronto para reconquistá-la. Mas será que gestos fofos e momentos dignos de um filme vão ser suficientes?

Lynn Painter fez magia outra vez! Eu só tinha lido 𝘈 𝘝𝘪𝘥𝘢 𝘦𝘮 𝘓𝘰𝘰𝘱 dela (que adorei!!), e depois deste já sei que quero ler TODOS os livros dela. A escrita é leve, rapida e viciante. 

𝗩𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝗽𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀:

📸 𝗟𝗶𝘇 – Rainha do sarcasmo e das playlists. Tem um coração enorme (escondido atrás de muros bem altos), e eu senti todas as suas emoções como se fossem minhas.

⚾ 𝗪𝗲𝘀 – O ex que aparece do nada e acha que uma banda sonora e cenas cinematográficas resolvem tudo. (E talvez resolvam? 😏) Mas pronto, é impossível não gostar dele, especialmente porque agora tem depth, crescimento emocional e tudo mais.

🎭 𝗘𝗹𝗲𝗻𝗰𝗼 𝘀𝗲𝗰𝘂𝗻𝗱á𝗿𝗶𝗼 – Amigos caóticos, diálogos hilariantes e referências a comédias românticas? Sim, por favor! 🍿✨

📖 𝗥𝗲𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲𝗺...
✔️ Adora comédias românticas e segundas oportunidades.
✔️ Gosta de personagens com química que salta das páginas.
✔️ Aprecia uma escrita rápida, engraçada e cheia de referências pop.

💭 Já tentaste recriar uma cena romântica de um filme e falhou miseravelmente? O Wes é perito nisso! 😂
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Não é Nada como nos Filmes, Lynn Painter
09/10 ▪︎ 336 Páginas ▪︎ Romance YA

 

📖✨ Grão-Mestre do Demonismo – Volume 4! ✨📖

Segurem bem as vossas espadas espirituais, porque este volume está uma 𝗹𝗼𝘂𝗰𝘂𝗿𝗮! Temos 𝗳𝗮𝗻𝘁𝗮𝘀𝗺𝗮𝘀, 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀-𝘃𝗶𝘃𝗼𝘀, 𝘁𝗮𝗹𝗶𝘀𝗺ã𝘀 𝗽𝗿𝗼𝗶𝗯𝗶𝗱𝗼𝘀 𝗲... 𝗲𝗺𝗯𝗿𝗶𝗮𝗴𝘂𝗲𝘇?! Sim, Lan Wangji bêbado é um presente divino que eu não sabia que precisava! 😂

Este livro traz-nos de volta ao mundo 𝗰𝗮ó𝘁𝗶𝗰𝗼 𝗲 𝗺𝗮𝗿𝗮𝘃𝗶𝗹𝗵𝗼𝘀𝗼 de Wei Wuxian, que continua igual a si próprio: 𝗿𝗲𝗯𝗲𝗹𝗱𝗲, 𝘀𝗮𝗿𝗰á𝘀𝘁𝗶𝗰𝗼 𝗲 𝗮𝗯𝘀𝗼𝗹𝘂𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗯𝗿𝗶𝗹𝗵𝗮𝗻𝘁𝗲. Se ele não está a provocar alguém, provavelmente está a tentar sair de uma enrascada. Ou a meter-se noutra. Ou a criar uma técnica de cultivo questionável. Ou tudo ao mesmo tempo!

💀 𝗣𝗼𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗔𝗹𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗼 𝗟𝗶𝘃𝗿𝗼:

▪︎ 𝗧𝗮𝗹𝗶𝘀𝗺ã 𝗬𝗶𝗻 𝗱𝗼 𝗧𝗶𝗴𝗿𝗲 – Uma relíquia superpoderosa e ligeiramente aterradora. Nada de novo no mundo do Wei Ying!
▪︎ 𝗦𝗮𝗹𝘁𝗲𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝘁ú𝗺𝘂𝗹𝗼𝘀 – Como se não houvesse já fantasmas suficientes, toca a mexer onde não devem.
▪︎ 𝗠𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀-𝘃𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗲 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰𝘁𝗿𝗼𝘀 𝘃𝗶𝗻𝗴𝗮𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 – Porque um livro de Mo Xiang Tong Xiu sem assombrações nem é livro!
▪︎ 𝗟𝗮𝗻 𝗪𝗮𝗻𝗴𝗷𝗶 – O rei do silêncio profundo... até se soltar com uns copos!
▪︎ 𝗔 𝗾𝘂í𝗺𝗶𝗰𝗮 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗪𝗲𝗶 𝗪𝘂𝘅𝗶𝗮𝗻 𝗲 𝗟𝗮𝗻 𝗪𝗮𝗻𝗴𝗷𝗶 – O clássico “não estamos a flertar, mas estamos claramente a flertar”.

Se há algo que adoro nestes livros, é que misturam ação, humor e emoção de forma perfeita! Este volume agarrou-me do início ao fim e, honestamente, já estou a precisar do próximo. Este universo é TUDO e se ainda não leram, façam um favor a vocês mesmos e mergulhem nesta obra-prima!

💭 Já se aventuraram pelas páginas de o Grão-mestre do Domonismo? Costumam ler Comics?

⭐ 10/10 – Cultivo Demoníaco Aprovado! 

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Grão-Mestre do Demonismo, Mo Xiang Tong Xiu
Mo Dao Zu Shi - 4
10/10 ▪︎ 216 Páginas ▪︎ Fantasia / Mangá


Por onde é que eu começo? 🤯 Este livro é como um daqueles buffets gigantes: começa-se com entusiasmo, tudo parece delicioso, mas a meio já estamos cheios e ainda falta metade do prato. 😅

A premissa é boa. Um professor descobre um portal do tempo num diner manhoso e decide impedir um assassinato. O início prende logo, a escrita do King é impecável (como sempre) e ele constrói o mundo e os personagens de forma magistral. Senti que estava mesmo nos anos 60, quase a pedir um milkshake enquanto um jukebox tocava Elvis ao fundo. 🎶🍔

MAS (e há sempre um mas)… o livro 𝘢𝘳𝘳𝘢𝘴𝘵𝘢-𝘴𝘦. O ritmo começa como um filme de acção e, de repente, transforma-se num drama histórico que nunca mais acaba. 😴 A certa altura, a história de amor apoderou-se do enredo mais do que eu gostaria.

Ainda assim, há momentos que compensam. Eu AMEI a parte em Derry (quem leu IT vai ter um belo déjà vu 🎈🕺🏻), e o final? Fez sentido e deixou-me satisfeita. 

Resumindo: gostei? Sim. Amei? Não. Cortava umas 200 páginas? Sem hesitar. 🫣

💭 Se descobrisses um portal para o passado, onde e quando gostarias de ir? Ou preferias nem mexer no tempo, não vá o destino tramar-te? 👀

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22/11/63, Stephen King
07/10 ▪︎ 904 Páginas ▪︎ Science Fiction

Opinião: 22/11/63, Stephen King

 

A Cursed Delight! 🍰📖

Imagine you're minding your own business, living your best gluttonous life, when BAM... an old Romani man curses you, and suddenly, you're shedding pounds faster than a horror fan devours a new King release. That’s Thinner for you! A mix of psychological horror, supernatural justice, and a brutal commentary on guilt, privilege, and, well... bad luck.

King's writing is razor-sharp (pun intended), and the pacing? Absolutely relentless. Billy Halleck, our unfortunate protagonist, goes from smug lawyer to skeletal speed-runner of doom, and watching his descent is both fascinating and terrifying. The tension builds like a well-baked pie (you’ll get it when you read it. Or maybe you won’t. But trust me, it's wild).

I loved this one, the dark humor, the creeping dread, the way King makes you question everything. It’s not just about the curse; it’s about how far someone will go to escape their fate. And let’s be honest, if an ancient curse ever came my way, I'd be calling the Man in Black faster than you can say "white man from town."

If you love Stephen King’s weirdly specific brand of horror, this one’s a must-read. Just… maybe don’t eat pie while reading. Trust me. 🍽️😨

⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️💀 – because Stephen King never misses.

💭 Would you rather face this curse or be trapped in Misery with Annie Wilkes?

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Thinner, Stephen King (a.k.a. Richard Bachman) 
10/10 ▪︎ 352 Páginas ▪︎ Horror

Sabem aqueles livros que nos fazem sentir detetives improvisados, mas no início estamos só ali a olhar para as peças do puzzle e a pensar: "𝘲𝘶𝘦𝘮 é 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢?" Pois bem, foi assim para mim! Demorei um bocadinho a entrar na história e a perceber quem era quem, mas depois… 🤯🤯🤯!

A história gira à volta de um grupo de amigos da faculdade que se reúne anos depois e, claro, como qualquer reencontro de ex-colegas… dá barraca. Mas aqui não é só um ex que aparece de surpresa ou um segredo embaraçoso do passado... há um CRIME. E daqueles que partem amizades, destroem vidas e fazem a nossa protagonista questionar tudo o que achava que sabia.

O que mais gostei? O final! Fui surpreendida e isso, para mim, é um grande bónus. Nada pior do que adivinhar o desfecho logo a meio do livro. 

Se procuram um thriller que testa a paciência no início mas depois compensa com reviravoltas de fazer arregalar os olhos, recomendo! 

💭 Qual foi o último thriller que vos fez jurar que tinham descoberto o culpado… só para estarem completamente errados no final? 🤡📚


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Ninguém Pode Saber, Claire McGowan
07/10 ▪︎ 296 Páginas ▪︎ Thriller Policial