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Opinião: Raparigas Selvagens de Rory Power

sábado, 25 de setembro de 2021

"We don´t get to choose what hurts us."


    A premissa e a capa deste livro são absolutamente espetaculares. Mas o interior não corresponde à maravilhosa história que podia ter sido. Começou forte e com muito potencial, mas ficou muito aquém das expectativas.

    Viajamos até uma ilha de Raxter, onde todos os habitantes foram postos em quarentena depois de ter sido detetada uma infeção misteriosa intitulada como Tox. Uma coisa que amei foi as descrições dos impactos causados pela Tox, não infetava apenas humanos, infetava também os animais e o meio ambiente. Estava tudo em constante mutação.

    Infelizmente, não consegui conectar me como esperava, especialmente com os personagens. Quando morriam, eu não sentia nada, não criei nenhuma afinidade com eles, não foram suficientemente desenvolvidos. Basicamente só sabia o nome deles e o efeito que a Tox provocou no seu organismo. Além dos personagens subdesenvolvidos, não queria acreditar quando uma espécie de romance desenrolou-se, os envolvidos não tinham química nenhuma, achei forçado e desnecessário visto que não teve qualquer impacto na história.

    O final também deixou muito a desejar. Não tenho queixa de finais em aberto, na verdade são os meus preferidos. Mas aqui não funcionou, existia muitos aspetos na história significativos e relevantes que não foram explorados, deixando várias perguntas óbvias por responder. Em contrapartida, gostei dos detalhes e do cenário bastante explícito quando aconteciam coisas horripilantes.


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Classificação: ★★☆

Publicado em Julho, 2020 - 400 Páginas

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